Jéssica Kuhn comenta “Sob o céu da Toscana

Publicado dia 14 de maio de 2020
i-PSIne 🎬:
 
“Sob o céu da Toscana”
Nacionalidade: Estados Unidos/Itália
Ano: 2003
Direção: Audrey Wells
Gênero: Comédia, drama, romance
Duração: 1:53
Plataforma: Telecine, Apple Play, Google Play, YouTube
 
A escritora Frances Mayes (Diana Lane) entra em profunda depressão quando o marido lhe pede o divórcio. A partir daí ela não consegue mais trabalhar e para de escrever. É quando sua amiga Patty lhe dá de presente uma viagem pela Itália, que Frances irá conhecer uma nova vida cheia de surpreendentes possibilidades e estranhos personagens.
Para a Psicanálise toda perda engendra um trabalho de luto, que por sua vez é muito parricular a cada um no que diz respeito ao tempo, à maneira de lidar com ele e de superá-lo para poder seguir vivendo.
Estando muitas vezes acomodados com nossas vidas, numa rotina que nos automatiza, é preciso um choque, uma decepção, algo que nos tire do prumo e nos force a parar e refletir sobre nossa vida e nós mesmos. Hora de se perguntar muitas coisas! O quanto estamos satisfeitos? Quais eram mesmo os nossos sonhos? Ainda há tempo para correr atrás deles? O quanto eu ainda tenho para viver ou deixar de viver?
Nem sempre nossos sonhos acontecem como imaginamos, mas muitas vezes o futuro é incrivelmente surpreendente! A sua felicidade depende única e exclusivamente de você, sempre é hora de se estar aberto para viver novas experiências! Com um olhar bastante voltado à psique feminina, esta é a mensagem que o filme parece querer ilustrar.
“Sob o Céu da Toscana” é uma adaptação do best-seller autobiográfico de Frances Mayes, mas, ao que parece, a maior fidelidade ao livro reside no fato da autora ter restaurado uma autêntica vila toscana de mais de 300 anos. Entretanto, se na vida real a escritora contou com a ajuda do marido, no filme ele é substituído, não sem motivos, por um grupo de operários poloneses.
Pois é, muito se comenta que o filme de 2003 também tem seu lado político, e resolve assim fazer um agrado a alguns aliados dos Estados Unidos na guerra contra o Iraque, caso de poloneses e italianos.
Com belíssimo cenário e locação na região da Toscana, o filme é permeado por citações e homenagens ao cinema italiano de décadas atrás. Como quando aparece, por exemplo, o consagrado cineasta Mario Monicelli no papel do homem carrancudo que coloca flores à beira da estrada.
Se você está procurando estórias que façam você refletir de forma leve sobre seus relacionamentos e estilo de vida, sonhar e se distrair, esta é uma opção que pode ser bastante inspiradora… Afinal, Toscana… Por que não?
 
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