Rosa com tons amarelos no Dia Mundial da Saúde Mental

Publicado dia 7 de outubro de 2019
Um mês após a campanha brasileira de alerta e prevenção contra o suicídio, um outro tema tradicionalmente envolto em muito preconceito passa a ser objeto das atenções. Em 10 de outubro comemora-se o Dia Mundial da Saúde Mental, um registro criado em 1992 pela World Federation for Mental Health (“Federação Mundial de Saúde Mental”) – WFMH para dar visibilidade ao caráter universal dos transtornos que ameaçam o equilíbrio da mente e combater o estigma associado às doenças psíquicas, conscientizando as pessoas de que é possível tratar o problema ao invés de simplesmente tentar ignorá-lo.
De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, cerca de 30% dos brasileiros irão desenvolver algum transtorno mental ao longo da vida. As doenças mentais mais comuns em nosso meio são os transtornos de humor como a depressão, os transtornos de ansiedade e as dependências químicas.
 
“Mens Sana in Corpore Sano”
A famosa citação em latim, derivada da “Sátira X” do poeta e escritor Juvenal, que viveu na Roma Antiga no século II d.C., e traduzida para o português como “mente sã em corpo são”, expressa um conceito de equilíbrio entre corpo e mente, ressaltando a importância atribuída pelo autor a uma “serenidade interior” e o impacto desta sobre a saúde geral do indivíduo.
A expressão vem sendo largamente empregada de modo a sugerir que a tal sanidade consistiria em uma mera “limpeza” da mente, e sua liberação de eventuais transtornos psíquicos.
O conceito de Saúde Mental
 
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, a saúde mental não significa apenas a ausência de doenças psiquicas. A OMS a entende como “um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.”
Segundo a OMS, o nível de saúde mental de uma pessoa pode ser afetado e determinado por múltiplos fatores de natureza social, psicológica e biológica. Situações de trabalho estressantes, pobreza, baixo nivel de escolaridade, discriminação de gênero ou racial, exclusão social, risco de violência, violação dos direitos humanos, problemas de saúde física e também fatores psicológicos e de personalidade específicos tornam as pessoas mais vulneráveis à incidência de transtornos mentais. Fatores genéticos também podem contribuir para a desestabilização do equilíbrio psíquico.
Um olhar sobre si mesmo
A promoção e prevenção da saúde mental envolve ações que permitam às pessoas adotar e manter estilos de vida saudáveis.
 
Para tanto, vale a pena atentar para os sintomas mais comuns que podem indicar o risco de uma doença mental:
• distúrbios de sono
• alteração de apetite (para mais ou para menos)
• ansiedade exagerada
• tristeza persistente e duradoura
• perda de interesse nas atividades cotidianas
• alterações na libido
• dificuldades de lidar com a rotina diária e com os problemas cotidianos
• dificuldades em tomar decisões
• isolamento social
• alterações bruscas de humor.
• alucinações
• delírios
 
É importante ainda não esquecer que todas as pessoas podem apresentar sinais de sofrimento psíquico em alguma fase da vida, portanto pode, sim, ser o momento de prestar atenção aos próprios sentimentos e manter a saúde mental em dia.
A força do hábito
 
Alguns hábitos parecem impactar positivamente a saúde mental:
• não usar drogas
• evitar consumo de álcool e cigarros
• não usar medicamentos sem prescrição médica
• praticar sexo seguro
• manter um hobbie
• aceitar a si e às outras pessoas com suas qualidades e limitações
• reservar tempo para o lazer e para a convivência com os amigos e a família
• adotar uma alimentação saudável
• dormir bem
• praticar exercícios físicos regularmente