10 fatos sobre os transtornos alimentares

Publicado dia 17 de agosto de 2021

Jéssica Kuhn

1) Transtornos alimentares não atingem apenas mulheres e adultos

O transtorno é três vezes mais frequente em mulheres do que em homens, mas eles também sofrem com isso. Aliás, o número de jovens do sexo masculino tem aumentado nos últimos anos. E as crianças também podem apresentar o problema.

2) Atividade física em excesso pode sinalizar o problema

Os transtornos alimentares não se restringem a dietas mirabolantes, indução de vômitos ou uso de diuréticos e laxantes. A busca por comportamentos que possam impedir o ganho de peso, fazem dos exercícios físicos em excesso, uma compulsão que também é sintoma da doença.

3) Fatores estressores costumam ser o gatilho

Embora de causa multifatorial envolvendo uma combinação de fatores biológicos, psíquicos e sociais, seu início costuma estar associado a algum evento estressor (divórcio dos pais, mudança de país, falecimento de um ente querido, abuso, entre outros).

4) Transtorno alimentar não é sinônimo de magreza

É comum associar transtornos alimentares a pessoas que visivelmente sofrem com desnutrição e estão abaixo do peso.

Mas diferente do que a maioria das pessoas imagina, quem sofre de bulimia frequentemente apresenta peso dentro da normalidade ou sobrepeso.

5) Distorção da autoimagem

Um dos sintomas presentes naqueles que sofrem do transtorno alimentar é a distorção da autoimagem, prejudicando a percepção do corpo. Isso dificulta reconhecer a necessidade de tratamento, e favorece a busca inalcançável por padrões de beleza e o peso que considera ideal.

6) O perigo na Internet

É comum que aqueles que sofrem de transtornos alimentares façam pesquisas em sites de busca e redes sociais sobre técnicas que auxiliem na perda de peso e sobre referenciais de beleza e estilo de vida de outras pessoas que compartilham do transtorno.

7) Comer não é simples

Quem sofre do transtorno enfrenta extrema dificuldade para se alimentar, e tem que lidar com intenso sofrimento, sentimentos de culpa e desconforto, mesmo que esteja com muita fome.

8) Prejuízos para a saúde e risco de morte

Transtorno alimentar não é algo passageiro ou motivado por questões estéticas. Ele acarreta severas complicações à saúde, podendo culminar em risco de morte.

É frequente o desenvolvimento de depressão e prejuízos na autoestima, que aumentam significativamente as chances do suicídio para essas pessoas.

9) Apoio dos familiares

Ao longo do tratamento (feito com psicoterapia e uso de medicamentos) é essencial ter a compreensão e o apoio da família para que o paciente entenda sua condição e colabore para superar o problema. Se possível, todos em casa devem se esforçar para ter hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada e prática regular de atividade física.

10) Até um elogio pode ser danoso

A perda de perda de peso sempre acompanha um reforço positivo para aqueles que sofrem do transtorno, se associando à disciplina e sucesso, retroalimentando o mecanismo da ausência de limites na busca pelo emagrecimento. Um elogio referente à sua boa forma contribui negativamente para quem sofre do transtorno.

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