Crise de pânico: mais comum do que você pensa

Jéssica Kuhn

Você sabia que a maior parte da população terá uma crise de pânico em algum momento da vida, independentemente de ter ou não uma doença psiquiátrica?

Pessoas com transtornos de ansiedade, como ansiedade generalizada ou síndrome do pânico, estão mais propensas a terem crises de pânico, é verdade. Mas quem sofre de enxaqueca (doença neurológica) ou de alterações da tireoide (hipotireoidismo ou hipertireoidismo) também pode vivenciar essas crises.

Por isso a importância da i-PSI revisitar esse tema. Venha conosco, vamos esclarecer suas dúvidas.

Crise de pânico ou Síndrome do Pânico?

Síndrome ou transtorno do pânico é uma doença, e uma de suas características é a existência de crises de pânico. As crises são episódios que podem ocorrer repentinamente e que podem apresentar uma variedade de sintomas.

É importante esclarecer que crises de pânico são bem diferentes da síndrome do pânico. Qualquer pessoa está sujeita a sofrer um ataque de pânico em algum momento da vida, mesmo sem ter qualquer transtorno psicológico.

Gatilhos para crises de pânico

Embora as crises de pânico estejam associadas a experiências traumáticas ou estressantes, a ciência ainda não descobriu como elas surgem.

Estudos de neuroimagens associam áreas específicas do cérebro que estão alteradas, se comparadas com pessoas que não sofrem de síndrome do pânico. Entretanto, não existem conclusões do porquê ou como se justificam essas alterações e nem quais são os mecanismos que levariam a gerar uma crise de pânico.

Conheça os sintomas mais comuns

Dizem que somente quem já viveu uma crise de pânico sabe como é, dadas as dificuldades de se descrever em palavras o grau de angústia e sofrimento físico envolvidos.

Os sintomas sugerem que o indivíduo está sob ameaça de algo terrível, do qual precisa fugir, embora não haja perigo concreto aparente.

Geralmente pessoas com ataques de pânico têm alguns ou todos destes sintomas:

– medo muito intenso de que algo ruim possa acontecer

– sensação iminente de morte

– taquicardia (batimentos cardíacos acelerados)

– sudorese (suor intenso)

– sensação de mal estar súbito

– sensação de que irá perder o controle sobre si, de que irá enlouquecer

– falta de ar

– sensação subjetiva de sufocamento por conta dessa falta de ar

– tremores nas mãos

– sensação de formigamento

– tontura ou vertigem

A tarefa da psicanálise é levar o paciente a entender o que está gerando seu sofrimento, a fim de que possa encontrar um significado nos seus sintomas e assim lidar melhor com eles ou até mesmo abandoná-los.

Nas próximas semanas a i-PSI irá trazer a você informações sobre como reconhecer um ataque de pânico, como controlar seus sintomas e como ajudar alguém no momento em que está tendo a crise.

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