Dependência emocional: livre-se dela
Publicado dia 9 de novembro de 2021
Jéssica Kuhn
O quanto a sua felicidade e seu bem-estar dependem de outras pessoas?
A dependência emocional acontece quando alguém depende de outro para ser feliz, se sentir bem e tomar suas próprias decisões.
O dependente emocional sente muito medo de assumir a responsabilidade sobre sua própria vida, de tomar decisões erradas e de ser rejeitado.
Essa dependência traz alguns problemas, não apenas para a pessoa, mas também para o próprio relacionamento, seja ele amoroso, familiar, de trabalho ou de amizade
É comum o dependente emocional viver relacionamentos conflituosos e abusivos, uma vez que ele não se impõe, não consegue estabelecer claramente seus limites e, por carência afetiva e medo de ficar sozinho, perdoa a tudo e a todos.
Causas da dependência emocional
É muito comum pessoas que foram superprotegidas durante a infância crescerem dependendo de outras pessoas.
O excesso de cuidados acaba trazendo muita insegurança e a tendência é que a pessoa dependa dos outros para reconhecer suas qualidades e realizar suas tarefas.
Por outro lado, o crescimento em meio a uma família desestruturada e conflituosa também pode gerar um dependente emocional. Uma criança que foi abandonada, que recebeu pouca atenção e carinho ou que foi punida severamente pelos pais, pode crescer com uma grande fragilidade emocional. A dependência afetiva se manifestará na vida adulta como uma eterna procura pela aprovação de terceiros, que supram a carência desenvolvida na infância.
Como identificar a dependência emocional?
Alguns padrões de comportamento sinalizam a existência de dependência emocional. Dentre os mais comuns, estão:
– Sentimento de estar preso à relação e de que não conseguirá deixá-la;
– Conflitos de identidade;
– Baixa autoestima;
– Sentimentos de culpa e impotência;
– Necessidade constante de aprovação do parceiro/a em tudo o que faz para se sentir bem
– Dificuldade para tomar decisões sozinho,
– Repressão das próprias emoções para não magoar e perder o outro;
– Dificuldade em dizer não e discordar das pessoas (medo de ser rejeitado);
– Não se sentir bem quando está sozinho;
– Fazer tudo pelos outros e ficar em último plano com o objetivo de agradar e manter a pessoa por perto;
– Necessidade de estimular os outros a fazerem coisas, já que não consegue motivação para realizar por si próprio suas próprias coisas;
– Excesso de ciúmes e exigência de atenção exclusiva do parceiro;
– Falta de interesse por outras amizades ou relacionamentos;
– Os planos pessoais sempre envolvem a outra pessoa;
– Incapacidade de reconhecer seu valor, sempre dividindo o mérito de suas conquistas com outra pessoa;
– Falta de consciência sobre seus próprios problemas;
E agora? O que fazer?
Ter consciência desta dificuldade e possíveis causas associadas é o primeiro passo para se livrar da dependência emocional.
Se você se sente tão dependente a ponto de sufocar a própria individualidade e não conseguir enfrentar a vida sem o outro, o ideal é procurar ajuda profissional.
A terapia psicanalítica irá contribuir para o processo de conquista de sua independência emocional.
Ao identificar quais são suas crenças centrais e o que está fazendo você repetir padrões comportamentais, você consegue lidar melhor com as suas emoções e com a vida.
A psicanálise irá lhe ajudar, uma vez que nem sempre é fácil trazer para o consciente aquilo que faz parte de nós, o que moldou a nossa personalidade e define quem somos. Conhecer-se e aceitar quem você é buscando melhorar a relação que tem consigo e com sua história, irá te libertar da dependência emocional, e os seus relacionamentos irão melhorar em qualidade e satisfação pessoal.
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