Indicação de filme: Eu estou pensando em acabar com tudo

Em seu terceiro filme como diretor, o prestigiado roteirista Charlie Kaufman nos faz refletir sobre quem somos nós, afinal. E quais são os nossos reais desejos?

“A maioria das pessoas são outras pessoas. Seus pensamentos são opiniões de outra pessoa, suas vidas uma imitação, suas paixões uma citação”. Essa frase é de Oscar Wilde, final do século XIX.

Durante sua prisão, o escritor observou que mesmo aqueles que gozavam de liberdade, não eram de fato livres. Eles também estavam encarcerados, pois viviam dentro de prisões invisíveis, programados para sentir e desejar coisas sem saber se estas de fato eram autênticas.

Como um conto sombrio (é impossível não se lembrar do filme “O Iluminado”), “Estou pensando em acabar com tudo” (I’m Thinking of Leaving It, no original), leva seu espectador à uma jornada  desconhecida onde os pensamentos são mais autênticos que as ações.

Como colocar em imagens o que é quase indizível? Se há um modo de fazê-lo, Kaufman se aproximou bastante dele, graças também aos excelentes Jessie Buckley (a noiva) e Jesse Plemons (o noivo), bem como os delirantes pais interpretados por Toni  Collette e David Thewlis.

Quem sou eu? Quem somos nós? Somos apenas o que aprendemos?

Vale a pena conferir mais essa dica na Netflix!

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