Indicação de filme: Uma Confeitaria Para Sarah

“Uma confeitaria para Sarah” (2020) nos remete imediatamente à expressão “a  presença da ausência”. Vocês já devem ter ouvido ou mesmo sentido na própria pele essa frase, que tenta exprimir a dor persistente de uma perda significativa. O quanto a ausência se torna presença na vida daqueles que perderam alguém muito amado?

O longa de estreia de Eliza Schroeder, cujo roteiro contou com a participação de Jake Brunger e Mahalia Rimmer, aborda a forma como as pessoas lidam com o luto mas não só isso. Schroeder dedicou o filme à sua mãe, Sonja, que faleceu durante as gravações, e nele ela  também explora a dinâmica geracional das mulheres de sua própria família.

A personalidade de Mimi, por exemplo, é inspirada em sua avó.

Sabemos que um processo de luto bem sucedido requer uma reorganização da rotina que acontece com tempo. Mas para que isso aconteça  é preciso ressignificar a perda. Temos então a ideia que Freud nos trouxe, de um passado que não é fixo, mas que se ressignifica no presente.

E é o que vemos no filme: Sarah, é uma ausência sentida em todos os lugares e na vida de todos,  e é preciso ressignificar essa perda.

Clarissa (Shannon Tarbet), Isabella (Shelley Conn) e Mimi (Celia Imrie) estão afastadas há muito tempo. Cada uma em fases diferente de suas vidas. Em comum, há os sentimentos de solidão e frustração. Mas elas se unem para abrir uma confeitaria, que era o sonho de Sarah! E para tanto, o trio irá contar com a ajuda do confeiteiro Matthew (Rupert Penry-Jones).

Enquanto lutam para que o empreendimento/negócio dê certo, as personagens confrontam suas dores e mágoas.

Londres aqui não é um capitulo à parte e é apresentada em toda sua diversidade cultural e cosmopolita, ao mesmo tempo que se faz acolhedora, assim como é a confeitaria de Sarah.

Você pode assistir a esse filme comovente que aborda temas como luto, amor, conflito de gerações, amizade e família, na Netflix. Não perca!

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