Jéssica Kuhn indica “Chocolate”

i-PSIne 🎬:

“Chocolate”

Nacionalidade: Reino Unido, Estados Unidos
Ano: 2000
Direção: Lasse Hallstrom
Gênero: Drama, romance
Duração: 2:01
Plataforma: Google Play, Microsoft Store, Looke

Vianne Rocher (Juliette Binoche), uma jovem mãe solteira e sua filha de 6 anos vão morar numa pequena vila rural da França. Lá ela abre uma loja de chocolates exatamente em frente à igreja local, mas já de início elas não são bem recebidas pela comunidade religiosa e ultra conservadora. Mas isso não será suficiente para impedir que muitos desejos ocultos sejam despertados e revelados.

Aos poucos, somos apresentados aos conflitos pessoais e familiares dos personagens. Vianne, com sua loja de chocolates, abre um espaço de acolhimento, aceitando as pessoas como elas são e permitindo a revelação de seus segredos e desejos mais íntimos, além de propiciar o resgate de suas potencialidades.

Em oposição ao domínio do cuidado masculino, opressor e controlador, surge a força do cuidado feminino, até então a ele  subjugado naquele vilarejo, um cuidado personificado na transgressora e acolhedora dona da loja de chocolates.

É no choque entre as diferentes perspectivas e culturas que novas possibilidades podem surgir. É através da tragédia, do impacto e da dor que muitas vezes o crescimento pessoal ou de uma comunidade se faz possível. Assim também acontece com os habitantes desta localidade, que diante do choque são colocados frente a frente com seus fantasmas.

E a loja de chocolates vai se parecendo cada vez mais com o consultório do psicanalista, pois é lá que as pessoas encontram espaço para se despirem de suas máscaras sociais e questionarem as próprias convicções, descobrindo novas possibilidades. Não há certo ou errado, apenas diferentes maneiras de lidar com a vida como ela é e se apresenta a cada um de nós.

A analogia com o trabalho psicanalítico, focado no auto-conhecimento e no crescimento do paciente, é imediatamente percebida. A grande contradição da personagem de Binoche é que ela também é prisioneira de seu passado, afetando e causando infelicidade em sua pequena filha.

O chocolate aqui é usado como o sonho e o símbolo das transformações possíveis, ora pelo prazer, ora pela dor. Ele é o ponto de partida para mudanças.

E você, aceita um chocolate? Qual o seu preferido? Você pode escolher! E como vale a pena você experimentar e fazer suas próprias escolhas! Boa degustação!

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